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domingo, 17 de abril de 2011

Culpado por falar ou por calar

Acredite sou humano;
Repleto de erros e acertos;
Com motivos mundanos;
Razões justificando consertos;

Fiz e me arrependo;
Não fiz e me arrependo;
Compreendi e não compreendo;
Para todas as opções faço um remendo;

Tive razões posso confirmar;
Quem nunca teve para continuar;
Sem testemunha para confirmar;
Só me cobram para explicar;

Condenado mesmo por falar;
Motivos e atitudes para complementar;
Somente vão me complicar;
Condene-me por não abdicar.
Waguinho Alencar.

Desejo por ela

Nasce do nada;
O desejo de estar perto;
Vem desordenada;
O amor liberto;

Desejo e quase vejo;
Em meu quarto revejo;
Ela perto eu antevejo;
A perfeita cena do beijo;

Linda sem palavras pra falar;
Sem descrever só para parar;
A luz que ela tem vem acalentar;
Abandonado, peço pra ela ficar;

Beiro a loucura por não controlar;
As palavras somem ao chegar;
O calor que nunca peço pra parar;
Ela é a causa que me faz amar;

Para ela prometi o céu;
Já lhe cobri com o véu;
Meu tesouro nunca fica ao léu;
Para ti movo até arranha-céu;

Sem limite para sonha com ela;
Pois o sonho veio depois dela;
Antes era apenas imagem com ela;
Agora a minha realidade é dela;

Espere o inevitável;
Por mim e por ela;
O amor inabalável;
Concreto com ela na capela;

O nosso futuro a Deus pertence;
Porem idéia nunca irá faltar;
Facilmente meu coração convence;
O que for necessário desejo realizar.
Waguinho Alencar.

Instinto Solitário

Participo do grupo de um homem só;
Como se fosse um exército fiel, só;
Compartilho todas as informações comigo só;
Assimilo as regras impostas para mim, só;

A solidão é companheira;
A mesma que me deixa sem ar;
Minha sensação mais costumeira;
Falo tudo que quero mesmo sem falar;

Não tenho necessidades;
Supro com facilidades;
Aplico as próprias penalidades;
Não provo da minha fragilidade;

Descrevo a situação;
Com fácil assimilação;
Julgo-me de fácil condução;
Solitário, como condenação;

Em dias normais tenho amigos sim;
Participo com grupos de festim;
Ninguém aparece para me ver;
Com o palco montado fico no camarim;

Sou estrela apenas na rua;
Onde o deserto, represento;
Faço uso da luz da lua;
Sigo minha caminhada ao fim, atento;

Não existe diferença;
Entre o sol e a lua;
Não vejo como doença;
Só, a noite me situa;

Sempre vejo a hora de vestir a manta;
Minha solidão sóbria me encanta;
A hipnose do dia-a-dia abrilhanta;
Espero enquanto meu instinto agiganta.
Waguinho Alencar.

Acredite

Acredite primeiramente em Deus;
Pela vida e o ar que nos deu;
Em segundo valorize os seus;
Para garantir que a aliança prevaleceu;

Acredite na estrada;
Siga a trilha da verdade;
Sem desviar a caminhada;
Que te levará a felicidade;

Com perseverança e diversidade;
Adicione pitadas de lealdade;
Não confunda com dupla personalidade;
Mantenha sempre a jovialidade;

Embora para proteção seja necessário;
Descarte procedimentos duros;
Opte por relacionamentos solidários;
Tente tornar-se um homem puro;

Sempre acredite no investimento;
Na lei natural da sua recompensa;
Não deixe passar nada, fique atento;
Esta regra qualquer fórmula dispensa;

 Cálculos e gráficos são incompatíveis;
Com o natural esperado no dia-a-dia;
Tente escrever adiante termos ilegíveis;
Se escrevesse ao inverso o sucesso surgiria;

Acredite nem tudo pode se explicar;
O natural é apenas com o fácil lidar;
Pode ser mais tranqüilo não se machucar;
Perceba que a sua vida pode mudar;

Acredite a vida voltará;
O curso natural seguirá;
Palavra boa sempre escutará;
E outra pessoa aconselhará.
Waguinho Alencar.

Escrevo pela vida

Inspirado com a vida;
Escrevo pra servir;
Utilizo a língua mais atrevida;
A faço para me conduzir;

Com muitas idéias;
Prontas para emergir;
Estou sempre como na estréia;
Prepara do para difundir;

A criação tem sentindo;
Sentindo a libertação;
A libertação dos sentidos;
Sentidos para a criação;

Quando produz som;
Quando rima o tom;
Quando percebo o dom;
Quando brilha feito neon;

Com a obra realizada;
Tenho a verdade apresentada;
A certeza que a minha levada;
Pelo coração é almejada;

Como filho o dever de ensinar;
Pela minha rima tenho que lutar;
Quando ganha a forma para convocar;
O meu dever passar a ser libertar;

A poesia pode te mudar;
A língua com o poder de exaltar;
Não verso somente para rimar;
Rimo pela vida, para contemplar;

A única maneira de garantir;
E a sua leitura sempre alcançar;
Varias almas de verdade aderir;
E prevalecer o sentimento que há.
Waguinho Alencar.

sábado, 16 de abril de 2011

Amor, amar e dor

Quem te consolou?
Seu travesseiro ou cobertor;
Quem te abraçou?
Algum amigo confortador?

Digo o que sei;
Nada imaginei;
Apenas me preocupei;
Em proteger você, porque te suportei?

Amar gera dor;
A dor com amor;
O amor avassalador;
Cobra resultado tal credor;

Nada a mostrar;
Nem sentimento para apresentar;
Sensação vazia continua a procurar;
Não sou eu quem vai tentar explicar;

Perceba os fatos;
Considere os seus atos;
Encare como contratos;
Seu amor em comodato;

 Pura enganação;
Mascara para aceitação;
Mentiras servem de cauterização;
Não suporto viver sob sua condução;

Basta a sua dor não ser real;
Não acredito em explicação astral;
Aceite a separação consensual;
Acabamos de quebrar o seu cristal;

Fantasia acabada;
Mantenha a nossa estória inacabada;
Daqui para frente fique preparada;
Ao fim chegou para sua caminhada.
Waguinho Alencar.

Estrada escura

Fui criado e formado na rua;
Sem nenhuma formosura;
Deixando várias situações impuras;
Na vida, mas nunca em minha postura;

Até parece que essa rima é recado;
Mas só descrevo meu passado;
Hoje não é mais assim, porem ai sim;
Consegui sair, mesmo nunca sendo afim;

Nunca fui homem de família,
Nunca acreditei na minha linha;
A variação me fez encontrar o terror
Nem tinha luz no fim do corredor;

Rimo como falo, falo como sinto;
Sinto como escrevo, escrevi por um fino;
Muitas vezes era meu único alimento;
Fiz por onde fazer ser meu sustento;

Aí você ficou parado, congelado, estático;
Não companheiro, não era nada prático;
Sempre necessário, sentido dogmático;
No fim das contas muito pragmático;

Um ser transtornado;
Conceitos desconfigurados;
Passado desacreditado;
Os princípios foram arrebatados;
  
Utópico e fora de sentido glorifico;
Longe dos desejos, e partindo pros mitos;
Sonhos eu tenho e nunca justifico;
Só Deus diz, saia lodo eu te republico;

Novo como nunca eu retifico;
Sem dupla personalidade eu versifico;
Do bom para o melhor eu justifico;
Graças ao meu Deus eu te explico.
Waguinho Alencar.

A energia da minha vida

Ao nascer do dia vejo seu amor;
Por entre as nuvens o raio de sol;
Entre as aves divido meu louvor;
Sua luz ilumina minha vida como farol;

Minha rima é um dom;
Minha escrita vira som;
Meu som toca um tom;
Um presente do Deus Bom;

Agradeço o nascer;
Inicio o meu viver;
 Deixo Deus me colher;
Sua presença me faz fortalecer;

Tenho provas na minha corrida;
Carrego todo dia em minha lida;
Pois é de onde minha energia é provida;
A usina particular que move minha vida.
Waguinho Alencar.

Conquistei

Já fez, já fiz;
Corri, ali;
Mudei aqui;
Comentei, parti;

Lutei por mim e por ti;
Para mim e pra ti;
Por todos e por nós;
Pra sempre por vós;

Não encontro fim;
Magnetizado da ponta ao fim;
Puxo uma corda sem fim;
Longas batalhas sem fim;

Sempre à frente;
Nunca para trás;
Sigo coerente;
O resultado me traz

Tenho persistência;
Não embaso a transparência;
Conquisto por competência;
Avalizo a minha permanência;

Não guardo na memória;
Somente experiência;
Não vivo de gloria;
Prezo pela minha eloqüência;

Entendeu minha posição?
Daqui em diante preste atenção;
Tenha na mente a minha decisão;
Perceba sempre a minha solução.
Waguinho Alencar.

O não comprometer

Saber e dizer,
Ignorar o proceder,
Automatizar sem perceber,
Conquistar sem ter poder,

Assinar sem ler,
Nem pensar pra fazer,
Falar sem percorrer
Assumir sem crescer,

Entregar por merecer,
Fazer para só depois ver;
Construir sem padecer,
Imaginar sem acontecer;

Aguardar enlouquecer;
Desistir de correr;
Facilmente se aborrecer;
Enganar sem perceber.
Waguinho Alencar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Vozes

Muitas vozes na minha cabeça;
Me dizem nada com nada, Inclusive agora;
Dizendo várias coisas, tumulto à beça;
Milhares de palavras por hora;

Sem noção ou razão;
Nunca escutei a voz do coração;
Quão bom é poder escutar sem assimilação?
Sem a responsabilidade de dizer não;

Deixei-me levar, e a voz disse vai lá!
Eu fui e me fiz apresentar, com você quis estar;
As vozes me dão a liberdade fácil de conquistar;
Muito agradável de lidar;

Consequências não podem existir;
As vozes contaminam e não saem de mim;
Quando dou ouvido a elas mais forte podem vir;
Agora estou eu aqui parecendo um zumbi;

Pedi pra me destruir,
Dominar a partir daqui;
Guiado é fácil partir;
Vou como se fosse um Colibri;

Como um novo dialeto;
Escuto palavras sem nexo;
Entregue e asséptico;
Um novo homem elétrico;

Sentimento congênito;
Impermeavelmente permanente;
Sem carregar nada como progênito;
Frio, fui morto gradualmente;

Vozes hoje minhas;
Promessas hoje minhas;
Consequências hoje minhas;
Vida ou morte hoje minha.
Waguinho Alencar.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Difícil é ser eu mesmo

Eu aceito, e você me aceita;
Da forma que estou não sou;
Entre várias personalidades qual é eleita?
Se mudar não, quando me vou?

Multi-fantasmas se inserem em mim;
Realizando as funções que nunca estive afim;
Enquanto o sistema funcionar assim;
Não sou eu, acredite somente no fim.

Sempre perco as emoções;
Não sinto os sentimentos;
Engano-me com aflições;
Escrevo meus lamentos;

Preso em um corpo com ações;
Que não aprovo e considero
Sem minhas resoluções;
Mentiras sem mais elos;

Eu quero falar, me libertar;
Fazer, agir e mostrar;
Perder todo conforto, me situar;
Vão me mandar passear, me virar;

Medo da verdade eu tenho;
Mas quem não tem?
Quem sou eu?  Nem sei;
Apenas a vergonha detém;

Quando daqui sair, vou à busca de ti;
Liberto e com o coração aquecido;
O velho espírito volta a incluir;
Fora de forma, mas nunca esquecido;

A minha história começa daqui;
Apago o passado que nunca escrevi;
Se conseguir recomeçar enfim;
 Vai ser um prazer ao seu lado seguir.
Waguinho Alencar.

Gueto (Eles querem que acreditemos)

Obscuro, cruel e sujo;
Descreva em uma palavra só;
O lugar de onde só vem quem é nulo;
Ignorado, o sentindo é se sentir só;
Não tente explicar que você não quer conhecer;
Nem espere que um renegado se expresse;
Dentre dez, um tem o dom para exercer;
Ainda assim, demora para acreditar que pudesse;

Lá o sol não brilha;
Nenhuma história tem trilha;
Não chamam de família e sim de quadrilha;
O terror é uma forma de manter preso na escotilha;

Todos sonham com o irrealizável;
O cenário bem diferente do provável;
O lugar onde se vende o invendável;
A mudança, felicidade ou a vida saudável;
A beleza não existe ali;
Todos têm o afã de partir;
 Quantos nasceram daqui?
E você diz que conhece isto aqui?

Não se iluda, nem crie ilusão;
Acredite que haja a solução;
Nós, humanos partimos pra ação;
Quando acreditamos na nova ambição;
Waguinho Alencar.

domingo, 10 de abril de 2011

Por você Nêga

Completo, me considero quando estou com você;
Pra quem nunca teve, poder não entender o que é ser;
Contigo tenho muito mais sensações para perceber;
A vida colorida começa a ter sentindo e algum parecer;

A Nêga linda é um sonho;
Sonho de sonhar acordado;
Inspirador cada minuto com você componho;
Mais que perfeito, não precisa ser completado;

Verdadeiro, real, puramente natural;
Sonho verdadeiro como sua pureza;
Sem complementos, completa; causal;
Estonteante a perfeita realeza;

Por ti me dobro, desdobro não me abstém;
Passo, repasso e ultrapasso também;
Conquisto o que foi conquistado dizendo amém;
O sacrifício por fica leve e me leva além.
Waguinho Alencar.

sábado, 9 de abril de 2011

Seria Perfeito

Mundo perfeito, sem mandar nada pro espaço;
Impossível pra alguns, o mundo parado;
É fácil quando se olha dentro de um pequeno traço;
Nada acontece de verdade, tudo estagnado;

Deixar o mundo como se fosse um abrigo;
Possível pra mim por que mexe comigo;
Pra você impossível porque mexe contigo;
Toca bem profundo no seu egoísmo;

Mexe no bolso e passa o troco;
Mente e passa por bom moço;
Investe em mim, mas não aprova o esboço
Pega tudo de volta por falta de esforço;

Várias glórias por horas;
Nenhuma conquista na história;
Sugador de outras obras;
Estante com mentiras em memórias;

Engoliu a seco a verdade desceu;
Corpo estranho em seu organismo;
Quando a luz acendeu acabou o ‘breu’;
Causou no seu interior o verdadeiro abismo;

Desapega no que se apega, destrua sua cela;
Sem verdades alega, não apegue a vela;
Deixa brilhar, pro mundo mudar;
Solta o verbo e deixa lançar;

O bom projeto deve vingar;
Da sua mente direto pro fabricar;
Por tudo lutei não vou negar;
Preciso dormir e parar de sonhar,

Vontade perfeita e pura pra realizar;
A obra agora pode firmar;
Sem preconceito vamos burlar;
Espere o resultado brotar.

Waguinho Alencar.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Rap Filosófico

Definir, daqui pra frente é assim;
Categoria, assunto, classe e afim;
Composição métrica por estrofe parte de mim?
Nada parecido com a natureza aflorada como em um Jasmim?

Talvez não possa falar ou considerar;
Qual o problema o tal do Sócrates citar?
Apenas porque só sei que nada sei;
Mas falar de rap eu sei;

Não sou Platão nem outro discípulo não;
Tenho o conteúdo próprio não preciso de tanta atenção;
Sou liberto pra escrever sem moderação;
Meu compromisso apenas com minha indiscrição;

Demasiadamente exagerado e aparente;
Nunca fui de ficar em cima de um repente;
Faço rima pra me satisfazer e minha língua engrandecer;
Digo meu conteúdo apenas pra quem for entender;

Produzido mas sem maquiagem;
Versos reais sem camuflagem;
Só com o intuito de te libertar;
Do seu papo chato de filosofar;
Waguinho Alencar.

Definição Acadêmica de Você (Síndrome D.A.V.)

Teu destino é se ferrar;
Comece por esperar;
O pagamento pela inércia;
Só vem a tona com a sua miséria;

Quando chegou a tecnologia pensou;
Minha ilusão chegou;
Mentir pra você mesmo é sua arte;
E pra você tudo isso faz parte;

Da sua obra inacabada, chamada de prima;
Pois nunca será a sua intenção, realizar não é sua sina;
Não tem jeito pra você, não vou perder meu tempo em te ver;
Estado terminal, teu caso é de análise, não espere nunca ser;

“Não falo por você;
Não faço por você;
Não espero te ver;
Quando você vai crer?”

Terminantemente depois se arrebentar;
Vem pra mim dizendo que vai tentar;
Te orienta, pega uma bússola pra te ajudar;
Não sou trouxa, some, vai passear;

Não adianta uma nova chance;
Você nunca se garante;
Sua história não foi adiante;
Sozinho sempre foi arrogante;

Agora sozinho onde vai ser seu mirante?
Para sobreviver na rua tem que ser brilhante;
E você tá longe de ser alguém fascinante;
Não conquista nem ator coadjuvante;

Não desejo o mal, mas fica alerta;
O mal deseja você, isso não te liberta;
Só por mera preocupação uso a minha definição;
Parasita, ser biológico sem ação.
Waguinho Alencar.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Origens

Esse e o primeiro poema que eu oficialmente dedico, e não é por acaso, foi escrito para o Homem que me ensinou a ser Homem, Francisco Sales, o velho Chico Cotó, um Home sábio sem nunca ter escrito, mas a sabedoria veio da vida e isso ninguem ensina. Não foi um acidente ser o mais extenso publicado até agora no blog, sua vida daria um filme e muito mais que um livro, mas a minha única inteção foi passar meu amor e admiração por ele.



Vindo do mar, da água salgada de lá;
Do norte do nordeste do país;
Da casa da ilha do lado de lá;
Acostumado a toma água em cantis;
Pé na areia, não tem como negar;
Geneticamente homens varonis;

Cabra da peste, sempre homem que preste;
Trabalhador, sempre suportando a dor;
Famoso até pros lados do agreste;
Sem luxo, porem situado e ajuizador;
 Respeitado e com o patriarca nunca conteste;
Tem a origem da história nos ombros, como detentor;

Cenário paradisíaco a disposição;
Comida, mulher e filhos bem acomodados;
Nada além da sua simples pretensão;
Homem de família criado e realizado;
Nessa altura, sem disposição;
Só a história que ainda não tinha acertado;

Eu tinha que vim, nascer e crescer;
Sempre no litoral tem que permanecer
E sem o Patriarca não tinha como ser;
Mesmo em São Paulo, tem praia pra ver;
Por isso o Cordel teve que mudar ter;
História pra contar, pros netos que vão crescer;

Vida de poesia ou do conto do Amado;
Ficou pra trás junto com todo reinado;
Agora é real, trabalho a seco e desadequado;
Nada de sombra, nada de beleza, nada blindado;
Tudo que bate entra, parece aprisionado;

Difícil de acostumar, fácil de encarar;
Trocar o paraíso pelo novo lugar;
Não claro que não, mas como fazer, não posso parar;
Tenho que trabalhar, várias bocas pra alimentar;
Daí precede a razão quando abre a boca pra falar;
Daí aprendi, sempre saber escutar;

Eu que agradeço então, por olhar a minha situação;
Meu avó, sábio velho e para sempre o Zangão;
Ele se orgulhava de ser apelidado;
E não foi a toa, sabe o significado?
Pois é, macho e rei, não porque se fez;
Mas tinha que honrar, ensinar e fez;

Foram sete filhos muito bem tratados;
Fora os netos que foram apanhados;
Nenhum desamparado contabilizado;
Teve como se apoiar sem usar nenhum dialeto;
Sua única língua foi objetiva, direto;
Sem rodeio, sempre certo.
Waguinho Alencar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Eu rimo com a minha rima

Rima é rima;
E rima não é sorte;
Tem que ter passaporte;
Para praticar esse esporte;

Não paro o canto;
Passo meu canto;
Mas não fico de canto;
E podem escutar meu encanto;

Minha rima tem sentido;
E não é só pra mim;
Poesia tem característica sim;
Tem quem diga isso por mim;

A rima me salvou e pode te salvar;
Te falo acredite e comece a rimar;
Ginga do Brasil não pode faltar;
Minha rima vai globalizar;

Não tenho meta a rima que me leva;
Já que é assim, ela te liberta;
Quando é verdadeira passa e desperta;
Quando fica de lado ai desconcerta;

Disse pra você vir me acompanhar;
Na rima, no canto e em qualquer lugar;
Eu tenho uma bandeira pra levantar;
Da língua portuguesa sempre rimar;
Basta você querer agregar.
Waguinho Alencar.

Inexplicável (eu tento)

Magnetizado, vidrado, colado;
Abalado, roubado e desestruturado;
Amarrado, nada acomodado, pelo contrario afetado;
Você me deixa tudo isso além de aficionado;

Pelo seu valor, calor e odor;
De carão pela situação distinta, moderador;
Desigual, fora do normal e descontrola minha dor;
Com certeza do sentimento eu tento medo do meu amor;

Corrido como o tempo, sem ficar sonolento;
Para não culpar ninguém eu fico é atendo;
Pois faço minha parte e sigo sedento;
Porém nunca sanguinolento;

Meu sentimento é do bem;
E só me traz meu bem;
Quem me deixa sempre bem;
Para ela me guardo bem;

Mostrei, tentei, farei;
Provei, sei que exagerei;
Nunca me aproveitei, só ponderei;
Na certa só seu quero ser rei;
Waguinho Alencar.

Manual do tranquilo proceder

De boa, relax e na paz,
Mais que zen isso tanto faz;
Estou nem ligando se sou incapaz;
Só me preocupou em ser fugaz;

Sempre na cola de quem na verdade rola;
Eu mesmo fico de boa, só jogo na bola;
E deixo o jogo rolar, do lado de fora;
Com domínio da hora não degola;

Vem, passa pra cá;
Não deixa de ficar;
Protegido vou deixar;
Relax e de boa vou mostrar;

Na área tem que respeitar,
Não pode entrar pra solar;
Aqui tem regra pra jogar,
Seja na pelada ou só pra olhar;

Não tenho preocupação;
Sempre lido com atenção;
Resolvo a atual situação;
Pleno raciocínio de associação;

Não tenho B. O.
Apaziguador da quebrada;
Tento representar a rapaziada;
Tranquilo sem dar açoitada;

Não sou referência pra ninguém;
Nunca tive a quem;
Só rimo pra fazer o bem;
Acompanhe e quem faz também;

Sua vida vale mais;
Plante e colha obras boas;
Nunca fique a toa;
Represente e fique de boa.
Waguinho Alencar.

Carta de Desabafo

Engraçado, há dois dias me sinto diferente, lógico que sei exatamente o porquê;
Sei que pra você também não é difícil imaginar, e até afirmar;
Mesmo com certezas e bem resolvido sempre me pego perguntando a mim mesmo;
Posso me permitir?

Mesmo já tendo permitido meu olhar correr você de lado a lado, ponta a ponta;
Mesmo já tendo me permitido de paquerar;
Mesmo tendo me permitido te beijar;
Toda hora a ansiedade me pergunta, onde vamos parar?

Na verdade, não quero parar;
Nem te encher de perguntas;
Perguntas que não somos capazes de responder;
Mas o tempo será?

Há algum tempo te falei de sensações;
Nenhuma delas mudou com nossas ações;
Somente me fez perceber que precede;
A chegada de novas situações;

Nunca pensei em te conquistar;
Estranho porque é o natural a se falar;
Não vi isso em você;
Alguém disponível, á esperar;


Não sei se tudo isso te assusta;
Se você está preparada;
Se for isso que você espera;
Só digo o que sinto e o que sinto é verdade;

Há muito tempo não escrevia;
Nada parecido com isso;
Faltava o que dizer;
 E pra quem dizer;

Espero esclarecer;
Ao dizer, que espero você;
Até sem saber como ou quando vai ser;
Foi apenas um desabafo que você precisava saber.

Waguinho Alencar.

domingo, 3 de abril de 2011

Sai de longe pra honrar

Peixe fora d’água claro que não;
Pele de anfíbio é a minha solução;
Sou de água salgada, mas vivo com o ar;
Com isso é fácil se adaptar;

Junto em um ser várias características;
Um conjunto único sem estatísticas;
Sem estudo, sem solução;
Minha inexplicável situação;

Longe do meu habitat estou;
Mesmo assim não esqueci quem sou;
Igual a uma pá de bandeirante;
Vou seguindo sempre avante;

Hoje estou escrevendo e pá;
Se uma mina rolar?
Não sou de negar;
Muito menos de amarelar;

Como te digo eu vim foi pra honrar;
E nesse parâmetro nem precisa julgar;
Não sou malandro, nem cafajeste;
Ma pinto e bordo em todos os testes;

Qual que é então;
Vai precisar de alguma solução?
Nunca pode se conta com um vacilão;
Sempre administrei bem a minha relação;

Desde cedo só conto com os firmeza;
Desde cedo aprendi a separar as impurezas;
Se estiver contaminado pode vazar;
Sai da minha pista que aqui não há;

Espaço para malandro se criar;
Não venha roubar o meu ar;
Tenho muita responsa pra passar;
Minha intenção sempre é honrar.
Waguinho Alencar.

sábado, 2 de abril de 2011

Saudade

Até hoje é difícil dizer;
Você faz falta e não se deixa pra trás;
No inicio, disseram que só com o tempo;
Mentira, o tempo só piorou;
Não era tempo, não era hora nem lugar;
Ainda tinha muito mais há aprender;
A vida seria bem diferente;
Depois que você foi embora;
Eu passei da hora;
Perdi o trem, o metrô o busão;
Perdi até meu coração;
Vendi na esquina por qualquer trocado;
Perdi meu norte, que tanto me representava
Até meu sentido de rima foi abalado;
Arrancaram-me um lado;
Sem amparo;
Totalmente largado;
Sendo obrigado;
A viver sem motivo aparente
Sem mente;
Mentido sempre
Falando pra todos que estou;
Fui sempre ausente, nunca estive lá;
Demorei, foram anos de tortura;
Nessa hora não existia eu;
Nessa altura não havia mais nada meu;
 Quando meu pesadelo de anos parou;
Virou sonho e você apareceu;
Somente o seu abraço me ergueu;
Extingui meu medo, minha falta;
Retomei minha conduta e minha fala;
Pois contigo percebi que havia me preparado pra viver;
Me ensinado como vencer;
Não me recuperei por completo;
Ainda sinto saudades;
Mas é diferente;
Te aguardo sempre na hora de dormir.
Waguinho Alencar.

Meu perfil é assim

Desde cedo nunca reparei;
Depois de tanto tempo me deparei;
Características que me chamam pra ela;
Na verdade ela nunca foi eu que sou dela;

Domínio, dominado, precisamente sitiado;
Sem movimentação, muito menos liberado;
Me entrego sem resistência, se possível amarrado;
De fato quero esse desejo sem lastro, não consigo ficar parado;

Subsidiado a ela; de encontro à cela;
Preso no olhar, charme e cor de pele;
Estão a me conquistar;
Sua voz não preciso escutar, aqui as coisas funcionam pelo olhar;

Meu backgroud zerado;
Minha identidade apagada;
Meu sangue drenado;
Minha alma lavada;

Minha rima é pra ela;
Meu som é dela;
Minha casa é a bela;
Completo com uma vela;

Não preciso ser salvo;
Não quero sair daqui;
Encontrei o paraíso;
E daqui não vou partir.
Waguinho Alencar.
 

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