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sexta-feira, 13 de maio de 2011

A tortura da Alma

Nada que eu digo tem sentido;
Quando suporto não faço nada;
Tudo que penso me torna um perigo;
Quando não consigo segurar extravasa;

Nada que eu faço me gera abrigo;
Hoje não me visto com roupas ou casa;
Tudo que desfaço me traz um castigo;
Melhor abandonar e deixar a minha cova rasa;

Nesses momentos o que é melhor?
Partir pra guerra ou fingir de morto?
Bancar a vitima ou assumir ser o causador?
Perguntas só me geram mais desconforto;

Eu quero mesmo é saber de onde vem a dor;
No momento serei apenas mais um semimorto;
A beira de me tornar mais um ser inferior;
Acredito no sentimento talvez o único reconforto;

Quando o fim está próximo e nada se faz;
Quando o sol fecha as portas como Alcatraz
Quando o rosto do torturador nunca se traz
Quando o mais perto da luz é estar em paz;

Tudo falta quando se precisa;
Na inconformidade da vida;
Por menos não falta a mão amiga;
Por tanto a vontade se torna atrevida;

Em meio as lágrima solto a verdade;
Sem traição vejo apenas calamidade;
A dor afasta de mim a humanidade;
O carrasco me apresenta sua agilidade;

Quando tudo passar guarda meus restos;
Terei ainda sobras de lamentações e desprezo;
Quando fechar a porta limpe o meu manifesto;
Não deixarei lembranças da morte de um indefeso.

Waguinho Alencar.

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