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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Origens

Esse e o primeiro poema que eu oficialmente dedico, e não é por acaso, foi escrito para o Homem que me ensinou a ser Homem, Francisco Sales, o velho Chico Cotó, um Home sábio sem nunca ter escrito, mas a sabedoria veio da vida e isso ninguem ensina. Não foi um acidente ser o mais extenso publicado até agora no blog, sua vida daria um filme e muito mais que um livro, mas a minha única inteção foi passar meu amor e admiração por ele.



Vindo do mar, da água salgada de lá;
Do norte do nordeste do país;
Da casa da ilha do lado de lá;
Acostumado a toma água em cantis;
Pé na areia, não tem como negar;
Geneticamente homens varonis;

Cabra da peste, sempre homem que preste;
Trabalhador, sempre suportando a dor;
Famoso até pros lados do agreste;
Sem luxo, porem situado e ajuizador;
 Respeitado e com o patriarca nunca conteste;
Tem a origem da história nos ombros, como detentor;

Cenário paradisíaco a disposição;
Comida, mulher e filhos bem acomodados;
Nada além da sua simples pretensão;
Homem de família criado e realizado;
Nessa altura, sem disposição;
Só a história que ainda não tinha acertado;

Eu tinha que vim, nascer e crescer;
Sempre no litoral tem que permanecer
E sem o Patriarca não tinha como ser;
Mesmo em São Paulo, tem praia pra ver;
Por isso o Cordel teve que mudar ter;
História pra contar, pros netos que vão crescer;

Vida de poesia ou do conto do Amado;
Ficou pra trás junto com todo reinado;
Agora é real, trabalho a seco e desadequado;
Nada de sombra, nada de beleza, nada blindado;
Tudo que bate entra, parece aprisionado;

Difícil de acostumar, fácil de encarar;
Trocar o paraíso pelo novo lugar;
Não claro que não, mas como fazer, não posso parar;
Tenho que trabalhar, várias bocas pra alimentar;
Daí precede a razão quando abre a boca pra falar;
Daí aprendi, sempre saber escutar;

Eu que agradeço então, por olhar a minha situação;
Meu avó, sábio velho e para sempre o Zangão;
Ele se orgulhava de ser apelidado;
E não foi a toa, sabe o significado?
Pois é, macho e rei, não porque se fez;
Mas tinha que honrar, ensinar e fez;

Foram sete filhos muito bem tratados;
Fora os netos que foram apanhados;
Nenhum desamparado contabilizado;
Teve como se apoiar sem usar nenhum dialeto;
Sua única língua foi objetiva, direto;
Sem rodeio, sempre certo.
Waguinho Alencar.

8 comentários:

  1. Belas palavras companheiro.
    Boa semana.
    Abraço

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  2. Obrigado pelo post e seja sempre bem vindo.abç

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  3. Esse é nosso Avô, parabéns Irmão, muito sucesso nesse blog maravilhoso!
    Saudades, beijos te amo!

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  4. Verdade Lú, feliz quem teve a honra de conhecer, e tem saber muito mais q a poesia pode contar. Obrigado pela visita, bjo. t amo.

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  5. Bela homenagem, tens um estilo marcante para escrever. Bom resto d semana

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  6. Obrigado Poeta, sempre marcando presença, vlw pelo post. juntos pela rima, pelo rap e pela poesia. abç.

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  7. Que homenagem linda,sem palavras.bjusss

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  8. Obrigado prima, volte sempre, visita sempre bem vinda.

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